Assedio moral é uma forma de comunicação que humilha uma pessoa e a transforma em vitima.
Isso pode ocorrer por meio de gestos e palavras aparentemente inofensivos que, por
provocarem humilhação, desestabilizam e desequilibram a pessoa.
Também rir e imitar a gagueira ou comentários comumente usados para ajudar, tais
como: “calma, respira, fala devagar”; comentários aparentemente engraçados como:
“engata uma segunda”, “como vai meu gago preferido”, “porque você fala desse jeito
engraçado?” humilham, desestabilizam e desequilibram, enquadrando-se na categoria de
assedio moral.
O assedio se concretiza também porque, geralmente, as pessoas ao redor que apenas
presenciam essas cenas, parecem não perceber que aquele que gaguejou está sendo
machucado e até acham graça nos comentários.
Esses comentários fazem com que o falante que gaguejou se sinta impotente em sua
condição de falante, por achar que os outros tem o direito de fazer isso na posição de
falantes que não gaguejam.
O falante que gagueja, diante desses comentários, geralmente se mostra tolerante.
Essa tolerância, porém, o agride, incomoda e fere.
Vitimado pelo assedio moral, o falante passa a não conseguir ter reações e/ou
respostas de fala satisfatórias e adequadas. Mas isso pode variar de acordo com as
pessoas e as situações.
Tudo isso gera um sofrimento que tem efeitos importantes na relação que a pessoa
assediada desenvolve com sua fala. Esses efeitos ajudam a manter o quadro da gagueira.
Para tratar de gagueira é preciso procurar um fonoaudiólogo com prática comprovada na abordagem terapêutica dos problemas de fluência de fala.