A voz representa a pessoa, seus valores, sua cultura;
Os que gaguejam, entretanto, muitas vezes se silenciam, têm sua voz sufocada por temer as reações dos outros. Essas reações que vão desde gentis tentativas de correção tais como: calma, respira, fala devagar, até chacotas e imitações grosseiras que humilham.
Em uma relação em que a voz é sufocada, a pessoa deixa de ser ela mesma. Com isso deixa de opinar e de se posicionar como poderia e gostaria, deixando de dar sua contribuição, que talvez fosse importante para os demais.
A gagueira não impede a pessoa de ter um discurso, de projetar sua voz e pode ser encarada como uma marca, uma característica. A experiência de pessoas com gagueira mostra que ao assumí-la fica mais fácil lidar consigo e com as outras pessoas.
Além disso, quem convive com pessoas que gaguejam logo percebe que quanto mais se é receptivo ao seu discurso mais ela flui. No acolhimento há respeito pela pessoa.
É importante que cada um de nós colabore para desenvolver uma sociedade em que se respeitem os modos de ser de cada um e se dê voz a todos, independentemente dos seus modos de falar; uma sociedade que inclui, em vez de excluir.
O respeito ao modo de falar aumenta a fluência tanto de quem gagueja como de quem não o faz. Ao escutar deve-se privilegiar o conteúdo da mensagem e não a sua forma.
Para tratar de gagueira procure um fonoaudiólogo especializado em problemas de fluência de fala.